from UK... quarto dia

Esta aí em frente é a França... em frente ao mar de Brighton/Hove. Essa foi minha visão do sábado, 2 de janeiro às 11h da manhã.
Estou aqui a poucos dias e não sei o que realmente é importante falar no blog, afinal o blog é sobre mim, não sobre turismo. Mas, falemos da minha experiência. Esse dia foi maravilhoso.
Eu não falo inglês, somente um inglês nojento que entende pouco e se faz entender muito menos. Caminhar durante algumas horas próximo da praia com várias famílias fazendo o mesmo e falando pouco sob o sol foi reconfortante. Estar com os pensamentos. Estar num local bonito. Estar naquele frio gostoso. Estar.

A comida não é desoladora.. é boa, próxima a brasileira, não importa que digam ao contrário. As pessoas são fechadas, talvez apenas um pouco mais que em algumas cidades brasileiras, mas muito educadas. Cumprimentam, ajudam, falam com o busdriver, esperam os outros descer primeiro. E olha que aqui tem muito estrangeiro. E sim, eles sorriem!!!
Mesmo nesse frio... Mesmo sem uma praia com areia de verdade. A praia deles é assim como podem ver abaixo: de seixos.







Eu não sei se deixarão que eu leve, mas catei algumas conchinhas aqui para levar. Falando em conchas, ri horrores ao ver na TV ontem a citação de um trava língua que conheço. Uma menina que vendia artesanato feito de conchas, a apresentadora então brincou: "She sells sea shells..."
Bom, depois de hoje, quando fui a escola pela primeira vez e fizemos o nivelamento, posso afirmar que é muito mais fácil falar ingles com o tempo e sem pressão. FALEI MUITO PORTUGUÊS! E foi bom como nunca foi antes.
E era até tranquilo tentar se expressar em inglês com as outras pessoas. Misturavamos inglês e português.
E falei em espanhol com uma menina de Genebra. E ela elogiou meu espanhol. Haha.

Aqui é assim. Cidade cheia de estrangeiros (principalmente brasileiros) pelos cursos de inglês e ainda 2 universidades cheias de jovens ingleses. Ela fervilha. Domingo com as ofertas pós natal estava uma loucura. Teria que ter mais auto controle para não comprar nada. Tem tanta roupa bonita e barata.
Fiquei arrependida de não trazer mais blusas de lã depois de hoje.. talvez me permita comprar uma aqui se sobrar um dinheirinho e o frio apertar.
O duro é essa maldita moeda pound. Que é tão mais cara que o real.




Voltando ao turismo, eu fui até o Brighton Pier. Que é um Pier cheio de lojinhas, como dá pra ver e um grande Parque de diversões. (grande para um Pier, é óbvio).
Há muitas pessoas lá, e há mais aves ainda: gaivotas (brancas e cinzas) e pombos. Inclusive há placas pedindo para não alimentá-los, que podem nos atacar atrás de comida.
Quando comi perto da praia eu jogava batata nos pombos para impedí-los de se aproximar de mim e pousar na minha comida. É terrível, tanto quanto no Brasil. Só que aqui há bem menos pombos. E muito mais gaivotas que equivalem a muitos pombos em tamanho.


É meio assustador.

Por fim, por hoje, falo um pouco sobre minha hospedeira. Ela me levou para conhecer as North Lanes o Museu de Brighton. Passamos em frente ao Royal Pavillion que vocês podem ver abaixo, e que falarei mais quando visitá-lo. Ali perto, persegui um esquilo, sem muito sucesso de boas fotos.
O Pavillion é uma das coisas que mais chama atenção na cidade. Para mim, é bonito por lembrar a India, mas muito menos bonito no seu contexto perto da arquitetura britânica. Amável sem seus milhões de andares. Apenas aconchegante, como a casa de uma vó.
Estou realmente adorando tudo apesar do grande frio.
Espero que pelo menos neve essa noite como prometido... Será que votlarei sem ver neve? Será triste.



Fico por aqui mesmo, desejando água congelada caindo do céu, ou uma chuvinha para aliviar os sangramentos do meu nariz pelo ar seco.


"Remember the country and the age in which we live." - Jane Austen (a melhor britânica que já houve)