6.5.12

[Resenha] A fala dos macacos.

Minha vida deu uma repaginada para melhor, mas mesmo assim tá ainda conturbada. Precisando acertar horários e ritmos, reorganizar outras questões. Minha cabeça e sentimentos estão a mil. Estar empregada é maravilhoso, ainda assim dói um pouquinho ver que não consegui dar atenção a todas as coisas que são importantes para mim.

Esse é o caso das resenhas dos livros. Escrevi o esboço da resenha na escola na sexta retrasada e não consegui tempo e ânimo para terminar e postar, porém, aqui está.

Terminei de ler semana retrasada um livro pelo qual me apaixonei a primeira vista (título e sinopse). Tinha ido a Saraiva comprar um presente, achei que A casa dos macacos seria excelente. E voltei atrás, comprei outro livro e fiquei com ele para mim. Puro egoísmo.


Não li Água para elefantes, mas meu pai sim e gostou muito. Vi o filme e também curti. E o tema principal de A casa dos macacos não poderia me interessar mais. Com a garantia de um bom autor, acreditei que fosse me agradar. E não me enganei.

Essa é a história de Isabel Duncan e sua família de bonobos. Isabel é uma cientista comportamental que estuda a comunicação e linguagem com bonobos na Universidade do Kansas. Um ataque no Laboratório de Línguas dos Grandes Símios fere gravemente Isabel e leva a universidade a vender os primatas. Enquanto a cientista se desespera pelo paradeiro, eles ressurgem diante dela e da população americana. Eis que cabe ao jornalista XX ajuda-la.

Eu adoro esse tema de primatas, comportamento animal, comunicação entre diferentes animais e blá-blá-blá. Com isso o livro já me ganhou por fazer repensar conceitos sobre ética, uso de animais em pesquisa, movimentos sociais e radicalismos, famílias diferenciadas e (estou me repetindo e sei) outros temas sobre os quais gosto de pensar.
Agora, com a história e desenvolvimento... Não que eu não tenha gostado. A Sara Gruen cita em seu texto Dan Brown, e tenho necessidade de comentar, realmente me senti num livro dele. Cheio de reviravoltas, entretanto daquelas que não são tão imprevisíveis. Com personagens ou muito dramáticos (os principais todos tem histórias de problemas familiares) ou muito "sem graças".

Gostei da história ir se constituindo através das passagens dos diferentes personagens em cada capítulo. Geralmente centrados em Isabel e John Thigpen. E embora eu ache atraente a história de John, em alguns momentos me perguntava que relações havia com o desenrolar da história. Parecia um pouco uma novela, onde há pequenas histórias além do tema principal. Porém, só havia uma pequena história. Elas acabavam unidas simplesmente pela reportagem feita no Laboratório por John no primeiro capítulo e toda a atração que Isabel exerceu sobre o jornalista.

Parece que só tenho críticas ao livro. No entanto, o resultado final é satisfatório. Eu indicaria com prazer, mesmo não sendo o livro o qual o enredo tenha arrebatado meu coração (o tema contou muitos pontos). 
E caso Hollywood não considere polêmico demais, logo deverá sair um filme do livro.





Saraiva: R$29,60
Submarino: R$24,90

2 comentários:

  1. Eu gostei bastante de Agua para elefantes, mas não assisti o filme... fiquei com medo de me decepcionar como geralmente ocorre com as adaptações...
    Fiquei bem curiosa com esse livro, vou colocá-lo na minha listinha...

    beijos,
    Dé...

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  2. Oi Débora! Pois é, é algo que acontece com as adaptações. Mesmo assim curto vê-las. Mesmo que deteste (geralmente quando não gosto logo apago a adaptação da cabeça). Confesso que por vezes me surpreendo e acabo gostando mais do filme que do livro. Um milagre, mas aconteceu com o segundo livro da Bridget Jones.

    Esse livro para mim não tem a melhor história de todos. Como disse, o enredo perdeu pontos comigo (não é ruim, mas não é nada surpreendente). Agora a discussão que rola na sua cabeça no decorrer das páginas é incrível.

    É como assistir Planeta dos macacos - a origem.

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