8.5.12

Fim de semana com Margueritte

Esse fim de semana fui com meu namorado fazer algo que antes era programa rotineiro, já hoje é raro. Ir a locadora.
Até 2010 eu tinha o hábito frenético de alugar um filme ou ir a Biblioteca universitária escolher um. Chegava a assistir dois a três filmes numa noite de dia de semana. 
Eu parecia quase desesperada, como se fosse morrer no dia seguinte sem ter assistido aqueles filmes. Aí eu comecei a comprar filmes, frequentar mais o cinema. E então, acabei na situação de que se não vejo o filme no cinema, acabarei não vendo tão cedo. Foi assim que os últimos semestres de faculdade terminaram. 
Poucas leituras, poucos filmes.

E aí, no projeto para 2012 eu estabeleci que segunda seria meu Dia de cinema. Eu iria ao cinema ou alugaria um filme ou iria assistir algum filme que comprei (e ainda não vi, porque tenho alguns nesse caso). Confesso que eu não tenho conseguido cumprir fielmente o cinema semanal, mas tneho feito compensações.
Eis que esse fim de semana resolvi me lambuzar na locadora. Assistimos Namorados para sempre no domingo e trouxe mais dois filmes para assistir sozinha. Um deles, o que eu fiquei me enrolando apra ver no cinema no começo do ano.



O fim de tarde de domingo foi passado ao lado da minha mãe assistindo o excelente Minhas tardes com Margueritte. Um filme francês com o maravilhoso Gerard Depardieu e direção de Jean Becker.

O filme conta a história de um semi-analfabeto que teve uma infância cheia de humilhações da mãe e dos professores que cresce um homem generoso. Eis que em uma tarde no parque conhece Margueritte. Com dois "t". Uma senhora de 95 anos que gosta de conversar e ler em voz alta. Os dois criam uma amizade, criam um amor e compartilham juntos leituras.

É comovente, terno. De uma sensibilidade ao tratar da história de Germain e com um doce-amargo ao falar da vida de Margueritte. Um filme bonito de se ver e uma história para se surpreender.
Aquele tipo de filme que faz você remoer seus sentimentos, sem ser um dramalhão. Que faz você repensar sobre o modo que age com os outros, como conduz seus ideais e como há infinitas formas - tortas ou direitas - de se demonstrar carinho e amor.

E se em você não despertar tudo isso. Que desperte a importância e o significado que pode ter "saber ler e viajar com um livro".




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