23.5.12

[Resenha] Os doze trabalhos de Hercule Poirot

Semana passada fui na biblioteca universitária buscar um livro e não resisti em ir fuçar a parte de literatura inglesa, onde sempre acabo levando algum livro da Agatha Christie. É quase um ritual, portanto era um local que eu evitava em épocas de prova.
Semana passada fiquei afastada da leitura e debruçada no trabalho. E talvez isso se repita essa semana. Mas com meu querido Poirot a relação é simples. E a leitura acaba como um fast food. Comecei sexta (com duas páginas caindo de sono) e terminei ontem.
O livro escolhido foi Os trabalhos de Hércules.

Doutor Burton, amigo de Hercule Poirot e grande admirador da literatura clássica, instiga o pequeno detetive belga a conhecer a história do grego que cede seu nome a ele. Apesar do pouco apreço pela história de Hércule e seus doze trabalhos, Poirot acredita que a brilhante inspiração da história pode servir para que ele mesmo conclua doze grandes investigações, selecionadas como seus doze trabalhos, antes de se aposentar.

Gostar do livro, eu gostei. Confesso que não no estilo que mais me enamoro de Poirot. Gosto de um livro inteiro dedicado a um caso mais do que vários contos juntos. Sim, porque 12 casos, resultam em 12 histórias mais curtas e resolvidas mais rapidamente.
Dentre esses casos, muitos fogem da sua tradição: assassinatos e roubos. Há trambiques, vinganças e etc. Algo mais a moda de Sherlock Holmes.

Aliás, o que me encantou foram as referências ao Sherlock.
No começo do livro, Dr. Burton inicia uma conversa com Sherlock sobre a origem de seu nome Hercule (Hércules). Ele cita então seu irmão Achille (Aquiles). E faz uma piadinha.

- Estava pensando numa conversa imaginária. Sua mãe e a finada Mrs. Holmes, costurando ou tricotando roupinhas e dizendo: "Achille, Hercule, Sherlock, Mycroft..." 

Mycroft é o irmão de Sherlock para os desconhecedores.
Mais para frente, em um dos contos uma personagem volta a citar Sherlock e outros detetives literários. Eu confesso que me encanta essa alusão.

Retornando ao livro em si, como eu já disse, não foi dos que eu mais gostei. É um pouco diferente do tradicional de Poirot, trata de uma época próxima de sua aposentadoria, lembra muito Sherlock Holmes em alguns aspectos, Hastings não aparece em nenhum conto e, apesar de serem contos, eles são interligados como capítulos. Uma situação leva a outra e alguns personagens de outros livros voltam a aparecer.
Vale a pena conferir!


Um comentário:

  1. Oi Lili!
    Eu li poucos livros da Agatha e gostaria de ler mais.
    Como você, acho que também prefiro casos que envolvam assassinatos e que sejam únicos na história para serem melhor desenvolvidos.
    Mas eu gostei de os contos serem interligados através dos capítulos, sem contar que essas alusões também me encantam!
    Beijão!

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