18.7.12

[Resenha] Quincas Borba... do tal Machado de Assis


Pois é, ler o Quincas Borba foi bem mais enrolado do que tinha pretendido. E eu não coloco a culpa no livro.
Primeiro que eu iniciei a leitura e estava tudo indo bem, só que seguiu minha semana de transição e eu não consegui ler mais que 10 páginas a semana inteira. Eu tinha tanto trabalho que quando sentava na cama, desabava.
E aí também passei por um fim de semana triste, e não tive vontade de ler. Para tentar levantar meu ânimo, comecei A tormenta de espadas (que obviamente roubou o foco). E aí, fora de casa, eu não consegui ler.

E veio uma raivinha crescente. Vocês vão entender.

Primeiro que tenho três pés atrás com Machado de Assis. Li Dom Casmurro na adolescência e não gostei nem um tiquinho. Fiquei com birra.
Tudo mudou quando passei a ler As memórias póstumas de Brás Cubas para a Fuvest. E me apaixonei.
Fiquei me perguntando por que ele tinha me decepcionado tanto com o seu famoso livro.
E Quincas Borba é um grande amigo de Brás Cubas. Assim, desde então, me animei para ler o tal.
Na pilha do desafio 7 clássicos em 2012, escolhi, comprei, li e cá estou, resenhando.

Quincas Borba conta a história (como vocês podem ter visto na sinopse) de Rubião. Sim, de Rubião.
Isso me confundiu nas primeiras páginas.
Acontece que Quincas Borba está quase batendo as botas, e quem cuida dele é o amigo Rubião, antigo professor.
Rubião herda tudo de Quincas com a condição de cuidar de seu fiel amigo cão, Quincas Borba.
E aí, tudo se esculhamba (como uma piada para Machado de Assis). Nenhum dos dois Quincas Borba aparecem com frequência no livro. Ou tem maior relevância do que já falei. Talvez um pouquinho (só que não vou contar tudo, né?).
Isso me decepcionou profundamente. Eu gostava da loucura de Quincas Borba, e esperava isso no livro (ponto negativo por não ler a sinopse).

Rubião decide sair de Barbacena e ir passear na corte. No trem, a caminho do Rio de Janeiro, conhece o casal Sofia e Cristiano Palha. E, a partir daí, cria uma enorme amizade por Cristiano e um amor-perdição por Sofia.

No decorrer da história convivemos com esse núcleo e outros personagens, que tratam de política e ludibriam Rubião. Vemos também a bondade de Dona Fernanda. O amor servil da prima de Sofia. A ambição de Palha e, aquele tipinho de sempre, que vive para se sentir desejado (Sofia e Carlos Maria).

Claro, o livro é um clássico. Não desgostei tanto. A descrição da história naquele estilo já conhecido, que conversa com o leitor. Em capítulos curtos. Bom, é um estilo que gosto.
Principalmente quando Machado de Assis se detém nas reflexões dos personagens. É um ato que me encanta.

Mas, Rubião não é, para mim, um bom protagonista. Ele não ganha tanto minha atenção e minha torcida. Irrito-me com ele. E no anseio de sua atenção à Quincas Borba. Para que o título faça valer seu nome.
Entretanto, morri na praia.

Não leu Machadão ainda?
Então, recomendo que se diverta com o amigo Brás Cubas, que os vermes devoraram, mas manteve a paixão, a sagacidade e a comédia. Algo que me fez falta aqui para ter um grande livro.

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