5.9.12

[Resenha] Histórias da natureza - Maurício Graipel




Que vergonha! Perdoem minhas conexões neuronais pós dia de trabalho, eu juro que não bebi antes do vídeos e por isso estava lerda. É que eu já tinha feito metade do vídeo quando um caminhão passou e avacalho com o que eu estava falando. Decidi recomeçar gravando em qualidade melhor e estava cansada já (e arrependida de estar gravando sem sequer ter ido tomar um banho pós-trabalho).

Enfim, estou aqui para falar do livro Histórias da natureza para quem não viu o vídeo.

É o segundo livro publicado pelo Maurício Graipel junto com a Editora Cuca Fresca (a quem eu agradeço mais uma vez pela doação do exemplar para sorteio e do exemplar que me presenteou, principalmente à Marta). E novamente temos um livro para o público infantil, porém desta vez temos um livro de contos. São 4 contos e 1 poesia ilustrados por uma holandesa sensacional! Sério, fiquei apaixonada pelos seus traços. São lúdicos e ao mesmo tempo extremamente reais.

O primeiro conto "Quem plantou esta floresta?" é o que eu mais gostei. Pelo tema, pelo modo que é contado, pela sua diferença. Fiquei satisfeita em ver uma história narrada por uma planta de um modo adulto e infantil, de um jeito que eu poderia contar para minha mãe e para meus futuros filhos. Que eu poderia contar a qualquer um para explicar como a vida é interligada de modo a lutar para continuar se mantendo, para crescer.
Ela trata da formação das florestas através de processos de sucessão vegetal e animal.

O segundo conto "Galinhas que dão sopa viram canja" é a cara do Maurício. Ele que sempre trata dos problemas de animais domésticos em áreas de conservação conseguiu trazer de volta a velha história do chupa-cabra e transformar a coruja numa detetive pra lá de esperta conseguindo se comunicar com os seres humanos.

Já "Capim pra onça é tatu" temos novamente um puma (eles sempre aparecem, né Mau?) que se encontra com um tatu. O tatu medroso decide enrolar a onça convencendo-a a virar vegetariana. Não tem cara de que dará certo, mas resta a vocês conferir. Foi o conto que menos me agradou. Talvez eu tenha passado da idade pra este. Embora os três últimos sejam bem no estilo de fábulas, este me lembrou muito as tradicionais.

Terminando os contos com "Correr para onde?", temos uma espécie de festa no céu (com muitos animais). Um macaco escuta dois biólogos conversando sobre um tema extremamente atual em biologia da conservação: o isolamento de áreas naturais formando ilhas que por falta de conexão com outras extensões de áreas naturais ficam fadadas a "morrer".
O macaco confunde a conversa e gera uma confusão com os animais da floresta.

O livro, no entanto, termina com uma poesia singela e bonita que me faz lembrar nas razões por continuar abraçando o sonho de ser bióloga.






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