3.11.12

Muitos anos de vida?

Vinte cinco anos, parece muito tempo, parece muito próximo dos trinta, quando começo a pensar nos números fico com receio de não estar contando bem. Será que já passou tudo isso? Será que vou ter tempo suficiente de realizar meus desejos? Será que já fiquei velha demais para realizar alguns?
Será...

Nos últimos dois dias eu fiquei refletindo bastante, não sobre minha idade e as questões acima, mas sobre o último ano que completei.

Aconteceram tantas coisas difíceis e maravilhosas comigo que não pareceu que foi apenas um ano, parecem vários.

Eu terminei a graduação, passei por uma crise mais profunda que nos últimos anos, fiquei noiva, ganhei um emprego maravilhoso e tive que me despedir dele cedo demais (porém pude acrescentar muitas pessoas para dividir meu pensamento e meus desejos de sucesso), ganhei um segundo emprego, fiz novas amizades, voltei a ler mais, relaxei, dancei, participei de um espetáculo financiado pela Fundação Franklin Cascaes, ri, chorei (chorei mais ainda), ri mais um pouco, resmunguei, aprendi novas coisas, reaprendi coisas que já havia "aprendido", mudei de opinião, fortaleci opiniões, fui madrinha, ganhei o presente de conviver com quatro grávidas, amadureci. E fiquei mais criança.

Eu voltava no carro ontem divagando sobre todas essas coisas e como eu estava me sentindo feliz e tranquila com meus amigos, enquanto me preocupava tanto com outros. Como eu gostaria que pudesse deixá-los também felizes e tranquilos, mesmo sabendo que há dores que só podemos curar sozinhos (mesmo que com ajuda).
E aí me dei conta em quanto ouvia e desejava felicidades e muitos anos de vida nos aniversários, quando eu mesma achava que os muitos anos de vida não sejam o mais importante.
Decidi que bastam as felicidades, os sonhos concretizados, saúde, paz, amigos... que eu não preciso de muitos anos de vida, sejam eles 25, 30 ou 90. Preciso sim de uma vida feliz.
De sentir exatamente aquela tranquilidade e plenitude que estava sentindo ao voltar da presença de quem eu amo. E que não são necessários anos para que se viva feliz, são necessários momentos.
Estes podem ser muitos, podem ser poucos. Seria melhor que não fosse necessário contá-los, porque basta que sejam bons.
Bons até quando forem ruins, doídos.

Bons para dizer, que se viveu a vida.

Agradeço a todos que me desejaram um feliz aniversário, agradeço aos que não se lembraram, no entanto, dividiram parte de suas vidas comigo.
Não sou hipócrita e não agradecerei a quem me fez desperdiçar segundos da minha vida (sim, todo mundo desperdiça, nem todo momento é válido).
Ainda assim, pode ser que eu nem precise de mais "dias do meu nome", porque embora eu ainda tenha muitos sonhos a realizar, já sou grata por ter "vivido minha vida" e dividido ela com tantas pessoas especiais.

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