3.7.13

[Resenha] Deslembrança




Título: Deslembrança
Título original: Forgotten
Autor(a): Car Patrick
País: Estados Unidos
Editora: Intrínseca
Páginas: 184






(4/5)

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Tenho certeza que vocês conseguem imaginar uma história de alguém que tenha sofrido uma lesão e tenha perda de memória. Ao menos devem se recordar ou ter ouvido falar do relacionamento entre os personagens de Adam Sandler e Drew Barrymore naquele filme "Como se fosse a primeira vez".

Pois é, essas lesões no cérebro são reais e devem ser bem complicadas, o que me interessou na história e me fez comprar de aniversário o ano passado para a Raquel. Tive surpresas, no entanto.

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Breve sinopse

London Lane acorda todas as manhãs com o cérebro "reiniciado" após às 4h33. Ela não lembra de nada do que aconteceu. Suas memórias se perdem. No entanto, ela possui lembranças. Ela lembra do amanhã, do "daqui a cinco anos". Ela se esquece do passado e lembra do que ainda não viveu. Sua vida é uma tentativa de trazer o futuro para o presente e o passado através de bilhetes.
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Caramba!
É bem essa a  minha palavra. Eu não me lembrava (olha só!) que tinha essa coisa de lembrar do futuro. E eu fui devorando as páginas procurando entender esse mundo da London.
Já é difícil tentar compreender como é acordar e tentar se suportar num mundo que é novo para você todos os dias. Que você passa a conhecer através das palavras no papel deixadas por você no dia anterior. É difícil, mas é razoável.
London tem uma certa ajuda, mas uma ajuda que torna viver um pouco complicado. Ela tem lembranças do futuro.

Isso me lembrou demais o Henry de A mulher do viajante no tempo. Saber do futuro não é agradável, pode parecer que sim, embora os dois livros sigam por opiniões diferentes sobre lidar com o futuro, ambos ressaltam que viver sabendo de um fato terrível ou que um fato bom vai acontecer é um fardo.
Você vive angustiado por antecipação. E também pode perder um pouco da surpresa da vida.
London quase não é prejudicada pelas boas surpresas da vida, porque ela esquece os fatos antes que eles aconteçam. A não ser que ela anote.

O livro que poderia ser fundamentado exclusivamente nessa sensação de ser uma adolescente nessa estranha condição (que quase ninguém conhece), de se apaixonar todos os dias por um rapaz maravilhoso que é seu namorado, ainda traz para o enredo alguns fatores importantes e mistérios que London procura compreender sobre seu passado. Um passado que ela desconhece até mesmo pelos seus bilhetes.

Embora o livro pudesse me satisfazer apenas com o primordial da condição, esses conflitos geraram uma emoção a mais, e se tornaram o fator de eu não achar o livro perfeito como um juvenil. Pois a sensação que eu tenho é que ele poderia ter mais páginas. Que a coisa termina quando poderia se aprofundar mais um pouco.
Sem contar nada da história, mas do meu sentimento. A minha sensação é de que acompanhamos a história de um casal com conflitos sobre se casar ou não, porque não sabem se daria certo casarem e morarem em cidades diferentes. E aí, o último capítulo é com eles se casando. E a questão de se daria certo ou não esse casamento a distância o leitor não fica sabendo. Entendem?

Ainda assim, preciso ressaltar que Cat patrick conseguiu me conduzir para a mente de London (com exceção para suas revoltas). Eu realmente me sentia uma menina que se encantava todas as manhãs por olhar nos olhos daquele rapaz que era ainda mais bonito que nas fotos do meu quarto e me apaixonar novamente, mesmo sem minhas lembranças dele de um futuro. Tentar me enganar um dia após o outro, para ter uma vida "quase normal".

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