10.3.14

[9x52] Eu e eu mesma

OBSERVAÇÃO: essa postagem está atrasada uma semana por conta de eu estar sem computador. Eu só pude prepará-la virtualmente essa semana. Assim, haverá duplo projeto 52 semanas nessa.



O que eu havia me proposto para essa semana, eu já havia tentado cumprir outras vezes. Só que não deu certo.
Eu queria fazer algo sozinha, mas não qualqer algo. Afinal eu curto ir ao cinema só, ou ao teatro. Não ligo de ir caminhar ou "fazer compras", às vezes até prefiro. É meu momento de ficar comigo, mas não tão introspectiva, de dar a cara ao mundo, só que na minha própria companhia. Só saio perdendo quando não tenho para quem perguntar após o filme se estou toda borrada (mas a verdade é que em 99,9% das vezes eu estou borrada de chorar, então já sei a resposta).

Eu queria sair sozinha, de noite. Mais que qualquer coisa para enfrentar esse receio. Afinal, os homens saem sozinhos e não há problemas, nós mulheres passamos aperto.
Lembro de quando morava na Argentina e combinamos de ir a uma balada que era próxima da minha faculdade. O resultado foi que eu cheguei antes e fiquei lá num nervoso danado, quase tendo um troço internamente.
Quis repetir a experiência e, obviamente, precisava escolher uma situação que houvesse propensão em ser mais favorável: ir ao baile de dança de salão da escola. E eu ainda recebi uma ajudinha de última hora, fui acompanhada da minha tia e namorado.

Como eu coloquei acima, foi um desafio pensado, porque não é qualquer ambiente que eu conseguiria um mínimo de segurança para sair de casa. Para ir lá já desisti algumas vezes. Dá uma vergonha danada ficar sem ninguém para conversar (a princípio) ou um receio de sempre ser mal-interpretada.
Mas não foi assim, eu até tentei evitar ficar muito tempo junto com minha tia (e foi tranquilo porque ela ficou a maior parte do tempo dançando). Assim pude sentar e bater papo com outras meninas (sim, eu até puxei assunto), fui capaz de aumentar minha confiança.

E você talvez esteja se perguntando meu objetivo nisso tudo. Eu já tenho quase um marido, tenho amigos, não é tão divertido assim sair ser companhia... para quê?
A razão é de mostrar a mim mesma que é uma delícia poder fazer tudo isso compartilhando o momento com quem você gosta, mas que isso não precisa ser um limitante. Para nada. Que encontrar disposição e segurança para frequentar o lugar que for na sua própria e única companhia não precisa ser um problema, uma limitação.
Eu que adoro viajar sozinha, imagina ter que depender sempre de conhecer alguém o suficiente para se empolgar de ir num local que você quer ir muito? Era uma barreira que eu queria enfrentar, enfrentei e gostei.

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