13.12.13

[Resenha] Extraordinário







Título: Extraordinário
Título original: Wonder
Autor(a):  R.J. Palacio
País: EUA
Ano publicação original: 2007
Editora: SM
Páginas: 533




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(5/5)

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Desde que saiu esse livro eu fiquei encantada. Foi amor a primeira vista, e eu sequer sei explicar a razão.
Quando eu conheci o tema dele por cima, tive certeza que eu precisava me envolver com ele.

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Breve sinopse

August Pullman nasceu diferente. Por causa de uma síndrome genética juntamente com outros problemas de desenvolvimento gestacional, ele é um rapaz que já passou por diversas cirurgias para facilitar sua sobrevivência, porém seu rosto continua dificultando isso. E agora, pela primeira vez ele irá frequentar uma escola.
Acompanhamos Auggie, familiares e amigos nas narrativas do que é lidar com essa situação.
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Não sei se Auggie é um rapaz tão extraordinário assim. O livro, eu tenho absoluta certeza.
Embora seja uma ficção, me recordou demais outro livro lido este ano, que traz uma história bem real: O livro de Julieta. Só que dessa vez, não é a mãe de Auggie ou seu pai que o narra, é principalmente o próprio August, aquele que mais sofre.

Dizer que ele não sofre seria mentir. August, assim como Hazel de A culpa é das estrelas esse menino não nos esconde que gostaria de ser normal. Ele não se faz de super-herói. Porém, ele também nos traz as suas fortalezas.
O que eu gostei imensamente nesse livro, que na história de Julieta aparece na narrativa de sua mãe e um pouco nas cartas da irmã, é sobre como pode ser ainda mais difícil para as pessoas que amam a pessoa com problemas. É extremamente difícil porque uma irmã, um pai ou uma mãe, amam aquela pessoa independente das suas condições. E se sentem imensamente responsáveis por apaziguar os problemas que o mundo lhe impõe, sabem que seja por uma doença ou uma deficiência o ser amado já sofre imensamente e aí, passamos a carregar uma dor maior, para minimizar a dele.
Até que isso não se torna mais possível.

Em Extraordinário Palacio conseguiu mostrar esses contra-pontos. Que ter atitudes erradas é normal, que acontece a todos em algum momento. A todos mesmo. Que o importante é crescermos e aprendermos. Que vale a pena enfrentarmos as dificuldades.

August é um menino que possui uma vida imensamente difícil, e na narrativa leve e descontraída, encontramos um rapaz levemente mimado, ainda infantil para sua idade devido ao excesso de proteção. Auggie reclama que não quer ser diferente, que ele é um garoto normal. Porém, se contradiz em muitos momentos em que precisa enfrentar uma realidade mais dura. Ele se torna um menininho chorando pelo colo da mãe literalmente. Em especial no momento em que nos é narrado, o livro traz o difícil ingresso escolar. A dificuldade de fazer amigos, da mudança de ritmo com a divisão do tempo entre brincadeiras e deveres.

É um livro gostoso, com momentos clichês, com algumas surpresas, com sentimentos nobres e preconceitos sujos. Não é um livro que vai mudar o mundo, mas um livro que pode mudar você mesmo.

Minha única ressalva é ao final, não é ruim, ainda assim achei que poderia ter rumado um pouco diferente, em especial o posicionamento do diretor Buzanfa.



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