19.10.14

Montevideo: última viagem de solteira

Alguns meses depois, estou reativando o blog vagarosamente, mas não poderia deixar de passar os relatos sobre as últimas viagens que fiz.

A ida para Montevideo foi um acaso, descobri uma promoção e como tinha milhas e férias marcadas no período da promoção acabei optando não deixar a oportunidade de conhecer a capital uruguaia.

Cheguei lá pós Bienal em São Paulo (muito calor) em pleno frio e chuva. Agora triste foi pagar um preço alto para chegar no hotel já que os únicos táxis permitidos são tabelados (1100 pesos uruguaios). Há a possibilidade de ir de ônibus (o que eu acabei optando na volta), porém ao chegar ao local a informação sobre eles não é simples, então meu único conselho é já se prevenir.

O aeroporto fica distante da cidade, e nesse percurso fui conversando com o taxista e ouvindo velhos axés no rádio. Eles realmente ouvem muita música brasileira (não só axé hehe). E quando eu digo velhos axés, me refiro a escutar o 'segura o tchan' enquanto admirava o mar revolto.

O hotel em que fiquei (Dazzler) em Punta Carretas é ótimo. A localização é perfeita, pertinho da rambla, pertinho do Shopping Punta Carretas, pertinho do Parque Rodó e com muita disponibilidade de ônibus.
O quarto era muito bom, tanto quanto o café da manhã. Minha única reclamação foi quanto ao banheiro. O vaso sanitário estava com problemas no cano e aí já entrei no quarto com um cheiro de cano que se resolveu abrindo a janela. Mas estava sempre entupindo e eu reclamei, mas nem resolveram. (não liguem para a bagunça que eu fiz)

Vista da varanda do hotel



No primeiro dia, acabei ficando só aconchegada e minha única saída foi um reconhecimento até o Shopping, em especial para 'almojantar'.

O segundo dia começou sem chuva, mas tempo feio e frio. Peguei o ônibus 116 para o Centro na tentativa de conhecer primeiro o Museo de História Natural, que estava fechado. Minha grande crítica a cidade foi justamente uma certa dificuldade em encontrar alguns dos pontos turísticos. Os museus se escondiam em segundos andares, sem placa e nem qualquer outra indicação.
A partir daqui eu narro o roteiro do modo que eu considero que deveria ter sido feito, não como eu fiz feito barata tonta.


Desceria na Ciudad Vieja próximo ao Mercado do Porto. Ali aproveitaria para olhar a região e se for do agrado, entrar no Museu do Carnaval (eu não cheguei lá no horário, mas não estava nas minhas prioridades).
Segundo parada seria o Museo de Arte Precolombina e Indígena. A entrada custa 60 pesos, o local é pequeno mas é um museu charmoso e com informações interessantes. Tem coisas de história natural e também a parte arqueológica. Adorei a sala que tratava de instrumentos musicais. Acredito que mesmo sendo minúscula, vale a pena a visita só para conferir algo assim diferente.


De lá siga para a Casa de Garibaldi, você vai poder saber mais da vida do casal do qual tanto ouvimos no Sul do Brasil e conhecer o cantinho em que eles viveram por lá. Lembrando que ambos são melhor reconhecidos no país vizinho que no nosso. É, Anita...

Casa de Garibaldi
A próxima parada deve ser a Plaza Constituición e a Catedral Metropolitana.
A Catedral é linda e eu me acabei em lágrimas lá dentro. Quando entrei senti algo dentro de mim que precisei até sentar e colocar para fora, uma emoção muito grande, forte e que me deixou mais serena.
Acho muito interessante também conhecer a história das diversas igrejas que a cidade já teve como matriz.


De lá você pode fazer como eu e conhecer a casa do Partido Nacional, ou seguir para o Museo Andes (20 reais). Por favor, não deixem de visitá-lo, e conhecer um pouco de uma das histórias de sobrevivência mais surpreendentes. Depois de haver lido O milagre nos Andes fiquei ainda mais interessada em ver os óculos e outros apetrechos que eles criaram e utilizaram para sobreviver no alto dos Andes.
À esquerda maquete de como eles dormiam na fuselagem. À direita vista do museu e de casacos dos sobreviventes.
Mudando os ares de história para os ares da arte, a visita seguinte é no Teatro Solis para uma visita guiada (as quartas-feiras são gratuitas!!). Além de belíssimo o teatro, contamos com a intervenção de atores que representaram trechos de textos de consagrados autores uruguaios.
Eu que adoro tradições achei muito interessante saber que até hoje é acesa uma luz vermelha no topo quando está acontecendo um espetáculo, mesmo que os prédios ao redor já impeçam 'a cidade de ver'.
O teatro fica diante da Plaza Independéncia onde é possível conferir a Puerta de la Ciudadela. É na praça que se inicia a Avenida 18 de julio por onde eu segui a pé.


Nessa região há muito comércio, mas eu não estava pretendendo gastar meus pesos e entupir minha pequena mala, então minha parada de compras foi apenas no Mercado de los Artesanos (na Plaza Cagancha) que para ser sincera, achei que vale pouco a pena. Acabei almoçando no Facal diante da Fuente de candados. Porém, quem seguir o passeio nessa ordem pode aproveitar para tomar um café na região e rumar para casa e se preparar para ir jantar.


Continua na próxima postagem.

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