10.2.15

[Resenha] Ela foi até o fim - Meg Cabot






Título: Ela foi até o fim
Título original:  She Went All the Way
Autor(a):  Meg Cabot (site)
País: EUA
Ano publicação original: 2002
Editora: Intrínseca
Páginas: 368




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(4/5)

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Empréstimo do primo que eu havia pedido há tempos, sequer lembrava. Mas mal chegou lá em casa e eu já dei conta dele. Acho que já estava com saudades da escrita da Meg.

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Breve sinopse

Lou Calabreseé responsável pela própria desgraça quando escreve o roteiro que deu sucesso ao seu namorado no papel principal. O sucesso para abandoná-la e casar com seu par das telas. Como a vida não é justa ela se vê numa corrida pela sua vida em meio a uma nevasca no Alasca. E o pior, acompanhada de Townsend, o bumbum mais bem pago e cobiçado de Hollywood. Ao seu ver, o mais intragável também.

Será que ela sobreviverá para terminar e publicar o seu romance?

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- (...) Existe alguma mulher no mercado que você não tenha levado para a cama? - Ela pegou a garrafa e deu outro gole. - Com exceção de mim, claro. - complementou depois que ele parou de tossir.
- Para falar a verdade - disse ele, com a dignidade ferida -, tem sim.
- Tem? Quem?
- Eu não dormi com Meryl Streep - respondeu Jack -, ainda. Mas sempre há esperança.


p. 130

Vou começar dizendo que de certo modo queria que o livro tivesse continuado mais na linha das suas primeiras páginas.
Somos lançados para a notícia de um casamento hollywoodiano e suas repercussões em diferentes meios, embora todos eles estejam de alguma forma ligada aos 'ex' dos noivos.
Achei que a dinâmica dessa narração tornou a leitura ágil e remeteu exatamente ao estilo de vida conturbado das celebridades. Infelizmente, não continua assim pelas próximas páginas, mas Meg consegue manter o bom nível.

Mas, naquele instante, o problema mais urgente de Jack estava ali pressionando seu zíper insistentemente.
No final de contas, não era sempre assim? Um cara podia estar faminto no meio de uma nevasca, com assassinos perseguindo-o e uma chance de sobrevivência perto de vinte por cento, mas sua preocupação era se uma garota gostava dele ou não.
p. 216

Lou é roteirista e, criada entre quatro irmãos e órfã de mãe há alguns anos, está longe de se parecer com as demais mulheres do seu meio de trabalho. Seus cabelos ruivos e cacheados foram um problema a época do colégio, mas já não a incomodam.
O que realmente lhe incomoda, além de ter sido enrolada por anos pelo namorado que acaba de se casar, é o famoso Jack Townsend.

E a história narrada alternando os pontos de vista de ambos, Lou e Jack, nos faz recordar uma relação bem parecida com de Lizzie e Mr. Darcy. Se soubéssemos (fora dos nossos sonhos) que Mr. Darcy tem uma bunda digna de milhões de dólares.

- O senhor gostaria de segurar Alessandro um pouquinho? - perguntou Eleanor.
(...)
Mesmo que sua expressão denunciasse a vontade de recusar a oferta, o homem estendeu as mãos. Eleanor colocou Alessandro sobre elas, e, para sua felicidade, o cão começou a lamber delicadamente o rosto bem desenhado do homem.

p. 159

Há por trás da história de romance entre esses dois que se detestam tanto, um caso de perseguição e atentado à vida de Jack.
Então nos deparamos com o clássico Hollywoodiano: luta, ação, explosões, romance entre mocinho e mocinha.
Mesmo que o suspense seja meio bobo, no sentido de que fica muito no ar a razão de Jack estar sendo perseguido (e mais sem graça ainda quando descobrimos a razão), as cenas são interessantes e bem boladas. O que acaba incomodando um pouco no livro é a implicação constante de ambos, ao mesmo tempo que demonstram atração.

Dava vontade de se ajeitar na cadeira e olhando séria na cara de ambos os personagens dizer "e aí, vamos mudar de assunto?". Cansava mesmo, podendo trazer cada palavra de um capítulo para o outro.

Repito que Meg é mestra e ela consegue nos prender mesmo com esse desânimo da embromação desnecessária.
O romance explode quase que no momento certo e deixando os leitores contentes. Mesmo com toda a beleza que Lou ignora em si mesma e atrai tanto Jack, mesmo eles formando um casal lindo e inesperado. Não há grandes novidades, caminhamos para um fim típico de toda comédia romântica.

Um pouquinho mais de açúcar para nossa água é a delicadeza do romance entre os pais dos protagonistas. Esses mereciam um livro a parte, porque são muito fofos.

Pelas minhas palavras parece até que eu não gostei, não é verdade, só fico meio triste quando leio algo com muito potencial que não é perfeito por alguns detalhes. É uma ótima leitura: divertida, romântica e emocionante. E o melhor, há diversas menções há filmes conhecidos, atores, fatos do cinema. E Jack não poderia ser mais charmoso que um outro ator real famoso por ter sido também um médico em seriado.

(...) Você nem sabe em que direção estamos indo. Você sabia que no filme No limite Anthony Hopkins fez uma bússola com um clipe e uma folha de árvore? Eu não vi você fazendo nenhuma inovação como essa.
- Bem, não tenho nenhum clipe aqui - disse Jack, já com uma expressão menos surpresa - e, se você encontrar alguma folha caída de alguma árvore, me avise. Eu só estou vendo pinheiros. E neve. Desculpe-me, mas nunca interpretei o MacGyver, lembra? Eu só fiz aquele outro cara. Se você precisar ser entubada, é só falar.
- Ah - disse Lou -, como se eu fosse deixar você colocar alguma coisa na minha boca.
p. 202

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