13.5.13

Papoulas

Não, eu não morri. Não sofri um acidente, ninguém da minha família está no hospital, não fui abduzida e tampouco fui sequestrada pelo trabalho.
Eu só não tive tempo, e o tempo que tive dediquei a outras coisas.
Estava cansada, de mau-humor, com o astral meio baixo.
Aí eu iria escrever de qualquer jeito, ia comentar de qualquer jeito. Pra quê?!

Essa semana acho que tudo engrena de novo...

E hoje, vim falar de algo mais pessoal. Neste blog de que não é um diário, embora seja feito de palavras minhas, de desconexos meus. Vim falar das bodas de papoula.


Um ano atrás eu recebi um pedido despropositado, que apenas ele e talvez mais umas três pessoas entendam o que eu quero dizer com isso.
Eu estava passando mal com dor de dente (tive que tratar o canal e já sofria a meses com tentativas dos dentistas de excluir todas as opções antes de mexer no canal), acordando de mal-humor, quando alguém decide arriscar cantar "I love you until the end" no violão e pendurou uma caixinha com dois anéis no pescoço da minha pobre Dudinha.
Eu sinceramente não sabia o que pensar, só ele sabe toda a angústia que se passou por todas as células do meu corpo naquele momento. E eu quero agradecê-lo por ter acreditado e tido coragem.

Há exatos 8 anos atrás, eu que tive que ter coragem para dar a ele o apelido de Flecha.
Eu que tive que agarrá-lo e depois disso, passar por algumas poucas e boas, e sabe-se lá por que continuar insistindo. Ele não gosta que eu fale disso.
Porém eu preciso dizer, porque todos os dias eu relembro que não foi fácil. Não foi nenhum pouco fácil.
Rede Globo poderia pagar para eu escrever a novela do nosso relacionamento.

Se eu sofri no começo, penei e persisti. Deu algum resultado, porque viramos um casal há 8 anos.
Só que um casal é uma parceria. Acredito firmemente nisso. E se depois disso nós continuamos juntos foi porque ele sofreu, penou e persistiu em muitos momentos depois disso.
Porque relevou meu jeito ranzinza e explosivo, minhas inflexões e mudanças de humor bruscas, abraçou minhas lágrimas, riu das minhas criancices, manteve-se calado diante da minha solidão que ele não era capaz de preencher.
Trouxe pra minha vida o que eu queria e não queria, e quando não podia me dar o que eu desejava, tentou me dando dois irmãos/cunhados.

Muita gente não entende porque a gente deu certo. A gente também se pergunta de vez em quando. E a resposta deveria ser óbvia, já que deu certo até para Eduardo e Mônica.

Eu te pergunto de tempos em tempos "por que tu me amas?" e jamais me contento com tuas respostas. É que nem eu sei muito bem porque te amo. Só sei que não me amaria pelos motivos que me dás. Talvez a gente não precise saber, não precise tentar descobrir, só precise partilhar com o outro, querer o melhor, querer vê-lo crescer, realizar seus sonhos e poder estar ali para ser um convidado VIP. E também um pouco anjo da guarda.

Pode ser que a gente esteja junto porque o nosso amor e o nosso sempre é cheio de respeito e carinho um pelo outro e também pela vida, que a gente tenha entendido que um futuro é feito de um dia após o outro. Dos meus sonhos, dos teus sonhos e dos sonhos que podemos sonhar juntos.



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