6.10.14

Como foi casar


Casar não é fácil...
ou pelo menos para mim não foi. Foram muitos os momentos em que surtei, gritei, cogitei desistir... Foram dois anos preparando o casamento considerando nosso orçamento e anseios, procurando os fornecedores, negociando, colocando a mão na massa.

Nós optamos por não fazer cerimônia religiosa, primeiramente porque somos de religiões diferentes. E eu queria que se houvesse cerimônia, que fosse num jardim. Para as noivas católicas a triste notícia de que os padres não são autorizados a realizar cerimônias fora das igrejas (isso inclui pequenas capelas, casa, jardim, praia e etc). Em off, já soube de gente que conseguiu, mas foi "contra as leis do Vaticano". Uma segunda opção é a Igreja Anglicana, esta sim está autorizada.


Como o Diego queria um evento/festa, eu quis a cerimônia no jardim e fomos atrás de um local que permitisse isso, ao mesmo tempo que houvesse um salão adequado para o plano B (chuva). Não curtia a ideia de gastar com toldos, sendo que as chuvas aqui costumam ter vento, o que não livraria ninguém do molhado.
Lembrar sempre que você tem que considerar o casamento dos sonhos com o mês, temperatura, etc, etc, etc.

Para realizar a cerimônia eu queria além do juiz de paz (do casamento civil), alguém próximo a nós. Chegamos ao meu cunhado mais novo, que depois da frustração de não ser padrinho acabou aceitando. Ele tinha receios, mas todos gostaram muito. Além disso, é uma sugestão que eu dou, especialmente quem quer algo mais intimista. O celebrante ser alguém que os conheça, que viveu a história de vocês. O que eu mais ouvi no dia foi que as pessoas choraram independente de sexo, idade, escolha política e religiosa.

Eu em especial vacilei em alguns momentos, um deles foi nas assinaturas, quando nosso amigo Tales Custódio (músico excepcional!) tocou a música que meu pai pediu, já que não pode estar na cerimônia. Ver também as pessoas que você ama ao seu redor, é um sentimento inexplicável.
Dica: peça para terem um copo de água. Eu nunca vi, mas eu cheguei seca no 'altar'. Tive que pedir a cerimonialista. Imagino que não deva ser a única que fica de garganta seca com as emoções e tendo que pronunciar os votos e tudo mais. Ou seja, peça uma água para esse momento.


Depois de me divertir sorrindo e rindo para as fotógrafas Georgia Prazeres e Carol Dias, cansando de tirar fotos e sorrir, entramos para os brindes e papar.


A decoração estava linda, tão linda quanto o meu buquê o qual confiei totalmente na decoradora para fazer. A Nice (decoradora) me ligou após meu pedido de orçamento dizendo a seguinte frase "o que queres é muito diferente do meu trabalho, mas eu adorei, porque gosto de desafios!". Essa frase me conquistou. E considerando vários fatores, ela acabou levando a minha confiança para o trabalho.
Eu cheguei com uma proposta de decoração montada para solicitar os orçamentos. E me propus a fazer muita coisa para economizar.
Os centros de mesa eram vidros juntados por todos meus queridos conhecidos, pintados por mim e finalmente, decorados com as fitinhas. As caixas de feira que eu tanto quis usar na decoração foram conseguidas pelo Diego, lixadas e pintadas pela minha mãe. O arco da cerimônia meu sogro fez com os amigos. Minha tia mediu e cortou os paninhos para que eu fizesse o varal de recados que se tornará uma colcha de retalhos. Enfim, foram muitos pedacinhos construídos por nós e pelas pessoas que amamos.
A Nice estava ansiosa com o excesso de detalhes e com meus desejos, mas eu repeti inúmeras vezes que confiava nela e que sabia do seu bom gosto. As flores azuis que custaram a ser conseguidas, as tulipas que não surgiram no frio, e outros detalhes... Além de todo um carinho na última semana em que eu estava uma pilha. Ela me abraçou no dia anterior no casamento e assegurou que tudo daria certo.

Obrigada!


Durante o decorrer do jantar, além dos elogios à comida e à decoração que estava nossa cara,  e dos avisos da Ingrid (querida cerimonialista) que nos dizia para comermos e cumprimentarmos depois, conseguimos curtir e olhar melhor as pessoas que estavam conosco.
Foi a vez de iniciarem as sobremesas (o povo foi no docinho, nem deixaram eu contar da sobremesa!) e o corte do bolo. Quero registrar aqui a frase célebre da Carol dizendo que eu devia ensinar a casar, porque eu fui a primeira noiva que ela viu comer seu bolo de casamento. ou seja, noivas sejam anfitriãs... mas também curtam como convidadas!

Depois disso foi curtir. Abrimos a pista com o que eu chamei de "momento mais importante do casamento". Para nossa primeira dança, eu e o Diego fizemos aulas particulares com Ricardo Torri. Ele montou uma coreografia com duas músicas que escolhi. Uma era uma brevíssima encenação com o tema de A Bela e a Fera. Típico dos casamentos, depois disso dançamos um samba na voz da Maria Rita.


No meio do baile as meninas da dança prepararam um momento especial com uma dança circular para nos abençoar. Muito obrigada, tribo!

Por fim, encerro com o momento surpresa: eu precisei jogar o buquê duas vezes... porque eu não sabia que precisava treinar a movimentação com meu vestido de noiva e eu acabei não conseguindo mirar na mulherada. E adivinhem quem ganhou o buquê?

Minha mãe!!!

Obrigada novamente aos nossos familiares e amigos que contribuíram para o dia tanto antes quanto no dia. Aos fornecedores que foram além de profissionais, pessoas generosas e carinhosas conosco.
Esse dia foi muito especial!


Fotografia: Georgia Prazeres
Vestido: PAX, com bordados e saia por Selma Silva r
Sapato: Raphaella Bozz
Sandália de dança: Capezio (Império da dança)
Decoração: Nice
Cerimonial: Ingrid Prade - (48) 9953.5254
MakingOf: Le Visage
Música Recepção: DJ Rafael
Música Cerimônia: Tales Custódio
Bolo: Nancy
Doces/Bem casado: Nancy
Coreografia: Ricardo Torri - Dance Ímpar
Buffet: Hotel Quinta da Bica d’água
Local da cerimonia/festa: Hotel Quinta da Bica dágua


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