1.11.14

[Resenha] O chá-de-bebê de Becky Bloom







Título: O chá-de-bebê de Becky Bloom
Título original: Shopaholic and baby
Autor(a):  Sophie Kinsella
País: Inglaterra
Ano publicação original: 2007
Editora: Record
Páginas: 512




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(5/5)

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Que eu tenho amado todas as maluquices da Becky vocês já sabem de resenhas anteriores, mas preciso comentar que este foi o que eu mais gostei, embora tenha sido o final mais clichê do mundo. Tudo vale com Becky.

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Breve sinopse

Becky continua comprando e agora vem um possível comprador ou compradora a caminho. Em meio a carrinhos, aquecedores de mamadeira, sapatinhos de neném... Becky está a procura de uma casa nova, de um modo de a loja recém inaugurada em que trabalha não fracassar de vez e de se tornar a mamãe mais deliciosa do momento ao se consultar com a obstetra das celebridades.
Talvez o único problema seja a doutora ser uma ex de seu marido, Luke. Mas com Rebeca Bloom os problemas nunca conseguem ser poucos.
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Ah, meu Deus. Como vamos chamá-lo?
Imagino se Luke gostaria de Birkin. Então eu poderia conseguir uma bolsa Birkin para carregar as fraldas.
Brikin Brandon. É chique.
p. 20

Um livro que começa já te arrancando risadas.
Embora Becky esteja grávida, este não é um livro em que vamos escutar sobre enjoos, sobre desejos bizarros e o desenvolvimento da gravidez. Becky está grávida e mesmo com os hormônios deixando-a mais emotiva, a gravidez é o cenário para ela gastar muito dinheiro com carrinhos de bebê e conseguir ser atendida pela ginecologista/obstetra das famosas. Infelizmente ela é ruiva, linda, elegante e ex-namorada do Luke. 

- Não é extraordinário? - Ela dá um riso prateado - Dentre todas as centenas de pacientes que já tive, nunca tive uma que fosse casada com um ex-namorado!
Meu sorriso se congela ligeiramente no rosto.
Ex-namorado?
p. 109

O cenário principal se desenvolve sobre o ciúmes da Becky com a amizade restabelecida de Luke com Venetia. Será que Luke seria capaz de jogar a relação deles no lixo agora que reencontrou Venetia? Será que a médica está insinuando que Becky está ficando menos atraente porque está de olho no seu marido?
Bom, como com Becky as soluções mirabolantes surgem aos montes, mesmo com essas preocupações ela está tentando salvar a loja em que trabalha. Sua ideia é usufruir do sucesso de Danny Kovitz para conseguir uma linha de produtos exclusivos para a loja.
O que pode ser um sucesso ou fracasso total. Se vocês conheceram o Danny nos livros anteriores, sabem o que esperar do processo criativo dele.

-Sabe o que  é o pior de tudo?
(...)
-Que estou começando a esquecê-la.
(...)
- Penso, penso e penso nela o dia inteiro. Acorda à noite e me levanto de manhã lembrando-me dela. Mas acabo tendendo a lembrar sempre as mesmas coisas. As mesmas imagens. O que eu lembro, então? Ela ou a lembrança que construí neste ano e tanto depois de sua morte?
p. 98

Um ponto alto foi ter a Suze de volta. E com muitas cenas boas para matarmos a saudade de uma amizade tão bonita. E agora temos a Jess, que fez aparições rápidas, porém bem mais leves depois do último livro.

- Já fez os paninhos de limpar bebê? - Jess me acompanha até a cozinha.
- Ah.. ainda não... - Olho ao redor rapidamente. - Mas fiz algumas outras coisas. - Pego uma toalha de chá, listrada, e amarro um nó na ponta. - Este é um brinquedo orgânico feito em casa - digo casualmente, girando. - Chama-se Nonó.
- Fantástico. - Jess o examina. - Com um conceito simples. muito melhor que qualquer lixo manufaturado.
- E estou planejando... pintar essa colher com tinta natural não-tóxica. - Sentindo-me corajosa, pego uma colher de madeira na gaveta. - Vou pintar um rostinho e chamá-la de Colherita.
Meu Deus, sou boa nesse barato de eco-reciclagem. Talvez comece a fazer uma newsletter!
p. 203

Sophie Kinsella conseguiu resgatar a alma de Becky (estou começando a não ter raiva do consumismo dela e até achar graça, estou pirando?) e junto vem amadurecendo a personagem e os enredos. O consumismo é um plano de fundo, porém temos histórias sobre uma menina que cresce numa sociedade atual e encara a vida adulta sem ter se tornado uma verdadeira adulta. Confesso que me identifico muito nesse quesito com a personagem.
Crescemos com facilidades e num mundo de culto a "juventude e jovialidade" que me fazem questionar muitas vezes a idade que eu tenho, as atitudes que tenho com relação a minha idade. Estamos num processo confuso entre ter de 25 a 35 anos e ser jovens adultas ou mulheres maduras.
Sophie nos leva por linhas muito já lidas, não chega a ser inovadora no eixo central da mulher grávida e do casamento. Mesmo assim, com sua Becky ela nos carrega a outra dimensão.

Continuo uma fã da série.



-(...) Becky tem ideias que ninguém tem. Sua mente vai a lugares onde ninguém vai. E algumas vezes tenho sorte de acompanhá-las. (...)
p. 482



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