[Resenha] Lembra de mim? - Sophie Kinsella

Título: Lembra de mim?
Título original: Remember me
Autor(a):  Sophie Kinsella (site)
País: Inglaterra
Ano publicação original: 2008
Editora: Record
Páginas: 400

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(5/5)

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Última leitura de 2014. Com Sophie já tinha grandes possibilidades de ser ótimo, e foi ainda melhor!
Um dos melhores da autora!

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Breve sinopse

Lexi acorda e se descobre num leito de hospital. Tudo está confuso, ela nem sabe muito bem porque foi parar ali. Tudo piora quando parece que ela "perdeu" três anos a sua vida. Só que nesses três anos ela pode ter conseguido a vida que sempre quis. Será que será assim fácil se ajustar sem lembrar ou se reconhecer como a pessoa que você nos dias de hoje?

Sinopse Skoob

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Certo. Preciso da minha memória de volta. Estou cheia dessa amnésia. Não aguento mais as pessoas dizendo que sabem mais sobre minha vida do que eu.
A memória é minha. Ela e pertence.

p. 211

Lexi não está tendo um dia lá muito bom, quando ela desaba na chuva e acorda com muita dor de cabeça no hospital.
Ou ela acha que acordou logo em seguida no hospital. Imagine a surpresa ao descobrir que na verdade se passaram 3 anos, que ela está ali por conta de outro acidente. Um acidente em seu carro, ela que nem tinha carteira de motorista. Aliás, ela que tinha uma namorado "chulé" e que se descobre casada.

Do susto de descobrir uma vida inesperada que sumiu de sua memória, Lexi se vê numa vida dos sonhos: emprego na diretoria, morando num loft de luxo, com um marido lindo, dentes perfeitos e um corpo esbelto que ela nem acredita ser seu. Aliás, até o cabelo tem uma cor que ela não reconhece como sua.

A vida das páginas de uma revista.

Há uma pausa insuportavelmente longa, e então a porta se abre. E entra no quarto, carregando um enorme buquê de flores, o homem mais lindo que já vi na vida.

p. 68

Mesmo com essa aparente vida dos sonhos, em nenhum momento Lexi parece extremamente contente com o que está acontecendo. Uma confusão realística continua presente na personagem. As pessoas falam de uma mulher que ela não reconhece como a si mesma, mesmo diante de tantas conquistas maravilhosas, ela não consegue simplesmente fechar os olhos e aceitar. Com toda realização, ela simplesmente quer entender a pessoa que se tornou antes de aceitar.

Ela sequer consegue contactar a melhor amiga. E com todo esse drama, continuamos tendo o humor maravilhoso de Sophie.

Panelas - p. 19
Peixe, ver também Refeições diárias, Cozinha;
Comer fora - p. 20
Preliminares - p. 21

Fala sério. Ele fez uma seção sobre preliminares?
Estou folheando o Manual do Casamento desde que acordei hoje cedo - e é totalmente, absolutamente fascinante.

p. 121

O grande clímax é a razão da reviravolta na vida de Lexi. A verdade está muito bem escondida na sua amnésia, e parece que quase todos estão tirando algum proveito disso, ainda que não intencional.
Ela já não sabe em quem confiar, porque a estrutura da vida dela mudou. Suas amigas já não são amigas dela, sequer sabem o que se passou nesse período. Suas novas amizades não sugerem confiança. E o desespero é total quando ela se vê incapaz de assumir sua função no trabalho, tendo que contar com a ajuda justamente de quem quer lhe ver pelas costas.

Mesmo sendo um livro cômico, essa dramaticidade, a dor desse tipo de situação mexeu demais comigo.

Meu rosto continua quente. Levanto-me e vou até a janela, tentando visualizar a cena, tentando me colocar de volta em meus sapatos mastigados, de saltos baixos. É 2004. Não ganhei bônus. É o funeral do meu pai. (...)
Certo. As coisas estão começando a fazer sentido.

p. 335

Eu tenho até um certo receio de falar sobre a parte romântica do livro. Não gosto de falar demais e estragar o rumo da história. Posso apenas dizer que Sophie deixou o verdadeiro romance no ar no decorrer das páginas, e que quando decidiu dar destaque a ele, bem ela soube ser sublime ao ponto de ser impossível não se emocionar.
Tudo isso unido a reviravolta que nos leva a conclusão de que somos capazes, que independente das decisões tomadas na vida sempre é possível rever nossos conceitos e decisões, mesmo que não possamos mudar nosso passado... sempre podemos fazer um outro futuro.

Este no momento é meu livro preferido da autora. R E C O M E N D A D Í S S I MO ! É engraçado, romântico, real, emocionante e inteligente.

Atenção para o fato de que simplesmente amei todas as cenas rebeldes de Lexi com relação à comida e ao "estilo de vida loft"!

- Ele é o Hitler. Se pudesse prender cada pedaço de pão e colocar num campo de concentração, faria isso.

- Pare.

- Ele colocaria todos numa câmera de gás. Primeiro os pães franceses. Depois os croissants.

- Pare. 0 Minha boca se retorce numa ânsia de rir. (...)

p. 207