20.1.15

[Resenha] A vez da minha vida - Cecelia Ahern







Título: A vez da minha vida
Título original: The Time of My Life
Autor(a):  Cecelia Ahern
País: Irlanda
Ano publicação original: 2011
Editora: Novo Conceito
Páginas: 384




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(5/5)

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Eu confesso que não venho curtindo tanto esse lado tão "mágico" da Cecelia, mas a loucurinha fantasia dela em A vez da minha vida colou bem. A história é fantástica, tocante, emocionante mesmo quando previsível.

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Breve sinopse

Certo dia, quando Lucy Silchester volta do trabalho, há um envelope de ouro no tapete. E um convite dentro dele para se encontrar com a Vida. Sua vida. Pode soar peculiar, mas Lucy leu sobre isso em uma revista. De qualquer forma, ela não pode ir ao encontro: está muito ocupada desprezando seu emprego, fugindo de seus amigos e evitando sua família. Mas a vida de Lucy não é o que parece. Algumas das escolhas que fez — e histórias que contou — também não são o que parecem. Desde o momento em que ela conhece o homem que se apresenta como sua vida, suas meias-verdades são reveladas totalmente — a não ser que ela aprenda a dizer a verdade sobre o que realmente importa. Lucy Silchester tem um compromisso com sua vida — e ela terá de cumpri-lo.

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Em pouco menos de uma semana, eu me encontraria com minha vida. E minha vida era um homem. Mas por que eu? Achava que minha vida estava indo muito bem. Eu me sentia bem. Tudo na minha vida era, absolutamente excelente. Então, me deitei no sofá para decidir o que vestir.
p. 18

Lucy terminou o namoro com um cara dos sonhos (que atualmente tem um programa de viagens e aventura na TV, além de um físico deseinvejável). Além disso, teve que se mudar do lindo apartamento em que morava com ele para um local minúsculo em que não cabe seu sofá e com um carpete imundo. Sem falar que ela perdeu o emprego, e agora trabalha numa empresa em que vê as horas passarem.

E então, ela decide parar de ignorar as cartas de convocação que vem recebendo. Ela liga respondendo ao chamado da sua vida.

(...)Afastei o fone do ouvido e ouvi a melodia, o canto, e reconheci a música. Ele estava me ligando, Don Lockwood estava me ligando, então eu pude ouvir minha música favorita.
p. 73

A vida de Lucy é realmente uma pessoa, que passa a acompanhá-la e interagir com sua própria história.
Como disse antes, algumas fantasias propostas pela Cecelia tem em desagradado, aqui essa loucura veio bem a calhar. As atitudes de Lucy refletem no aspecto físico e na própria vida da vida dela. Confuso?

Fiquei encantada em resgatar o amor pelas palavras da autora e o seu modo de modificar fortemente os sentimentos dentro de nós. Além de sempre proporcionar cenas cômicas perfeitas.
A vida da personagem não é uma desgraça, não me levava a sentir pena dela. Eu enxergava alguém que tratava tudo com um descaso, apatia, a certeza de que se não desse importância aos acontecimentos, eles jamais assumiriam uma importância que pudessem prejudicá-la.
Algo como quem não ama, não sofre. Até a vida lançar uma bola curva para você!

- Augusto, ele é da...
- Sede, na Alemanha. Não diga aos outros, não quero que ele se preocupem mais ainda.
Alívio.
- Claro. É só que não é um nome típico alemão. - Sorri e fechei a porta.
- Desculpe, Lucy, agora eu entendi o que você quis dizer - ela me chamou. - Ele é espanhol.

Sorri, mas por dentro eu chorava. (...)
Ele e suas analogias. Vida havia me lançado uma bola curva.
p. 89

Quantas vezes eu mesma não me peguei refletindo sobre os rumos da minha vida? Sobre estar infeliz ou ter medo de ser infeliz, só que ter falta de vontade de mudar. Considerar as possibilidades sempre hipotéticas, viver na imaginação e não tentar, não se permitir, não agir.

Que escolhe melhor do que terminar o ano lendo algo que te faça refletir sobre mudar a si mesmo, permitir que nossas posturas conduzam a algo mais verdadeiro e mais feliz.

- Bem, não danço mais. Não há nem mesmo uma pessoa na pista de dança, parecemos contratados para animar a festa. E não vou dançar "Dirty Dancing" com você.
- Dance como se eles não estivessem vendo.
(...) dancei com Vida como se ninguém estivesse vendo, até que éramos os últimos na pista e os últimos a sair. Ele era persuasivo: a vida tem um jeito de conseguir o que quer quando realmente sabe o que quer.
p. 170

E, obviamente, não poderia faltar um bom romance. Temos um romance incrível e inesperado, aquelas coincidências da vida que nem sempre são tão ao acaso, mas que a gente pode se deixar levar e acreditar na possibilidade de ser feliz.!

Recomendo MUITO para esse início de ano para todos que ainda não leram.



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